Um blog sobre a vida

Um blog sobre a vida

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posted by Angel on

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Como disse o meu petiz, que redondo.

Já lá vão 8 anos que a minha vida se encheu de luz e sentido, velhos clichés de que o tempo não pára e de que sem me dar conta os anos passaram.
Chegámos aqui, ao seu número redondo com uns dias bons, outros nem tanto, com as muitas dificuldades de o educar, porque ninguém nos deu o manual de instruções nem nos ensinou como ser uma excelente mãe ou pai. 
E mesmo sendo uma péssima mãe sei que lhe dou sempre o meu melhor, o meu amor. 
Dou-lhe as assas para que voe sozinho.
Dou-lhe colo e limpo as lágrimas quando as assas se partem.
Dou-lhe coragem para voltar a voar mesmo que isso implique voltar a cair.
Dou-lhe apoio para o levantar. Sempre.
Dou-lhe a mão para que caminhe ao meu lado.
Dou-lhe o sol mas também lhe mostro todas as nuvens que existem no céu, não as escondo atrás do sol. Nunca.

Não sei o que a vida nos reserva, não sei no que ele se irá transformar e o que irá ser mas sei que fiz sempre o que posso para que tivesse todas as possibilidades em aberto e que percorresse o caminho desejado por ele, não por nós. Porque não quero que ele faça ou seja algo que eu/nós não tivemos possibilidade. Quero que este seja o caminho dele, as escolhas dele, boas ou más. Estarei cá, sempre, para apoiar, orientar e opinar.

Não tenho um filho perfeito mas para mim é a perfeição de todas as imperfeições.
Não tira boas notas, provavelmente será sempre um aluno mediano, provavelmente nunca saberá o que é um quadro de mérito, mas quero que ele ganhe méritos de outras formas, nas atitudes, nos valores, no seu coração.

Percorremos este caminho juntos até aqui, iremos continuar a faze-lo, cheio de boas e más escolhas mas serão as escolhas dele não as minhas. 
Já andou na natação, deixou porque não lhe agradava mais, foram seis anos.
Andou na música, deixou porque não gostou da experiência, um ano.
Começou o xadrez no ano letivo anterior, gostou, neste voltou a pedir.
Joga também futebol, adora, delira. Amanhã quem sabe até já não o motiva a experiência e cá estaremos nós para procurar o que o faça feliz.

Certamente estou a errar andando por aqui aos saltos com ele, de atividade em atividade, mas há palavras que nunca esquecerei, uma delas de um atleta com quem privei e me disse certa vez "a minha mãe meteu-me em tudo, ténis, basquetebol, futebol, voleibol, natação e eu não gostava de nada, experimentei atletismo e foi a minha paixão"
E outras palavras igualmente importantes e que já são o meu mantra "eu quero é que ele seja feliz".

8 anos de aprendizagem também para mim/nós em que todos crescemos juntos. Porque para mim o amor é isto, é ensinar a voar e não querer voar por ele.

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  1. Ana Mota