Estou pelos cabelos

Apetece-me esganar alguém... eu até sei quem... estou mesmo furiosa!

Mas vamos lá animar isto que o dia não se resumiu à situação que me deixou danada.

No inicio da tarde o papá foi com a Sara ao pediatra para pesar e saiu de lá com boas noticias, aumentou 300gr. em duas semanas e assim sendo não há necessidade de fazer mais análises. Falou-se da constante tosse e das "crises" de chiadeira que ela tem e ainda o facto de bolsar o leite. Recomendação Motilium e voltar aos 7 meses e meio (daqui a um mês) evitando assim crises de ansiedade por causa do peso.

Ao final da tarde sai a voar da escola para ir à festa do dia da mãe, cheguei um bocadito atrasada mas ainda a tempo de fazer muitas pinturas no muro do parque, não fosse ter-me deparado com a cara do Diogo num estado lastimável certamente eu teria-me divertido muito mais na actividade. Só agora reparo que eu devia estar possessa e com vontade de comer uma pessoa viva porque só tirei 6 fotos... isto já diz muito, logo eu que tiro centenas à mesma coisa... adiante.

A actividade mais parecia uma competição de quem pintava pior, mães ou filhos, foi difícil perceber de facto mas o muro acabou por ficar uma grande confusão colorida. Sem duvida uma das melhores actividades que já participei e que ficará para sempre nas paredes do parque.

No final recebi duas prendinhas, da Sara um quadro lindo com uma foto dela a segurar num amor-perfeito e um saquinho de sementes dessa mesma flor e do Diogo uma caixinha com um coração lá dentro.

E agora o assunto com que iniciei este post e que dá titulo ao mesmo.

Cheguei à creche, já estavam todos no parque na actividade e encontro o Diogo com dois valentes arranhões junto dos olhos, já tinham colocado creme para ajudar a cicatrizar e mal olhei para ele apeteceu-me bater  em alguém... Nem valia a pena perguntar quem era porque eu já sabia (infelizmente esta é a quarta vez que isso acontece sendo que foi a pior), no entanto perguntei-lhe e ele disse-me quem foi.

Não falei com a mãe em causa porque não me cabe a mim fazê-lo mas no fim da actividade falei com educadora e auxiliar a dizer que têm de ser tomadas medidas porque o simples "aviso" ou "recado" não produz qualquer efeito (a mãe é constantemente avisada para cortar as unhas ao filho, inclusive esta semana foi escrito no caderno todos os dias). Ainda olhei para as unhas do miúdo e confesso que me apeteceu enfiar as minhas naquela mãe e da maneira que as tenho grandes era capaz de fazer mossa. 

Na verdade não me faz diferença saber se é A ou B que o arranhou, sei que o meu filho também não é nenhum anjo, o que me faz diferença é a educação, é existirem pais assim que se limitam a despejar os filhos numa creche/escola e os outros que tratem de educar. Bom isto já é tema para um outro post que certamente dará muitas linhas de escrita dado aquilo que vejo diariamente nas escolas por onde passo.

Lá tentei aproveitar ao máximo a actividade embora a minha vontade fosse mesmo enfiar as unhas na mãe do miúdo. Quando chegámos a casa contei o sucedido ao papá (eu nem precisava de contar nada porque estava à vista) ele pega no Diogo e volta à creche, conversou com a coordenadora da creche e educadora da sala dele. Agora é aguardar o desenrolar dos acontecimentos mas acredito que próxima não vai existir.